terça-feira, 27 de maio de 2014
sábado, 24 de maio de 2014
quinta-feira, 22 de maio de 2014
terça-feira, 20 de maio de 2014
Todo mundo sabe dançar - 2012
A obra Todo mundo sabe dançar se apresenta como o resultado prático final do processo de pesquisa desenvolvido durante o doutorado, buscando explorar ferramentas tecnológicas que possibilitem uma maior conexão entre espaço, corpo, comportamento, imagem e dispositivos técnicos, além de buscar estratégias que propiciem improvisações, interlocuções e relações entre as pessoas que se encontram em seu espaço de recepção.
Todo mundo sabe dançar - Exposição from Fernanda Gomes on Vimeo.
Exposta dentro de uma caixa na
Praça da Estação, Belo Horizonte, Todo
mundo sabe dançar é uma instalação interativa que
estimula a dança e a formação de uma rede de improvisações e relações. A obra oferece uma seleção
estimulante de músicas e cada participante pode escolher a que mais lhe agrada
através de seus movimentos. A imagem do participante da obra é projetada em
simultâneo, espelhada à sua frente. Junto à sua imagem, surgem imagens
projetadas de outras pessoas dançando que interagem com o participante a partir
de seu posicionamento e de seus movimentos. No momento em que começa a dançar,
este participante se transforma em um espectador
performer.
O sistema dispositivo permite um rastreamento de posições e gestos, o que possibilita uma composição em tempo real da imagem dos espectadores performers com as imagens gravadas de outras pessoas dançando. Isso é possível devido a uma programação prévia, que conta com um banco de imagens composto por vários movimentos de dança. Do lado de fora da caixa, há uma tela de televisão que exibe as danças dos espectadores performers que participaram da experiência. Ou seja, ao sair da caixa, eles serão espectadores de si mesmos, podendo conferir novamente suas danças. Isso possibilita que as pessoas possam se assistir de duas maneiras distintas: em tempo real e logo após a experiência, formando uma espécie de coreografia com outras pessoas. Possibilita também que logo após a experiência o participante interaja com as pessoas do lado de fora.
Durante os quatro dias em que foi exposta na Praça da Estação, a instalação se transformou em uma pista de dança reconfigurada de diversas formas, a partir das características dos espectadores performers que a ocupavam temporariamente. Pessoas que não se conheciam formavam rodinhas de dança, conscientemente construindo cenas, enquanto observavam suas próprias imagens em composição com as imagens tanto dos que estavam ali presentes, quanto dos que foram gravados previamente. Bem na linha da partilha do sensível proposta por Rancière (2005), que identifica essa distribuição de ações singulares dentro das formações de coletividades.
O sistema dispositivo desenvolvido para a obra, enquanto um sistema heterogêneo que leva à reconfiguração e criação de dinâmicas próprias, estabelece-se como um elemento estratégico, a partir da sua inserção em determinado contexto, seja ele artístico, social ou midiático. Assim como Rancière (2005) havia assinalado, novas figuras do sentir, do fazer e do pensar, assim como novas relações e novas formas de visibilidades dessas rearticulações são demandadas e engendram novas formas de subjetivação, ou seja, de se construir e de se expor nos espaços. Podemos também retomar a relação que De Certeau (2009) faz entre a inventividade incessante presente na experiência prática e algumas produções artísticas, que privilegiam a capacidade do ser humano de fazer um conjunto novo a partir de um padrão preexistente. A inserção do indivíduo comum na cena da história ou nas novas imagens institui a lógica estética de um modo de visibilidade que substitui a grandeza da tradição representativa por um foco nos corpos, nos homens e nas sociedades.
Em uma perspectiva relacional, as interações que se dão por meio de dispositivos são vistas como processos de influências mútuas que os participantes exercem uns sobre os outros na troca comunicativa e também como “(...) o lugar em que se exerce esse jogo de ações e reações” (MAINGUENEAU, 2004, p. 281). A interlocução, por sua vez, é retomada aqui para evidenciar como os parceiros se acham mutuamente implicados nas produções artísticas e midiáticas. É um círculo contido no relacional. Processos interativos vão ao encontro do jogo de reconhecimento recíproco do cotidiano e à produção de interpretações, construção de modelos mentais, paradigmas, perspectivas, crenças e pontos de vistas constituídos de elementos cognitivos.
quinta-feira, 15 de maio de 2014
terça-feira, 13 de maio de 2014
AbraSom - 2012
AbraSom é uma instalação interativa que possibilita que o espectador explore a intensificação de sons, versos e luzes através da intensidade de seus abraços. A obra é composta por um “abraçável”, ou seja, uma estrutura composta por espuma, pelúcia e sensores de pressão. Quanto mais fortes os abraços, mais intensos serão os sons, os versos e as luzes. A instalação interativa faz parte do Projeto Lua-de-mel, que busca experimentações de linguagens dentro das artes visuais e da poesia.
AbraSom - Instalação Interativa (2012) from Fernanda Gomes on Vimeo.
A obra participou do Festival Circo Digital, realizado no Circo
Voador e fazia parte de uma programação que envolvia outras obras interativas,
shows e apresentações de djs. Ou seja, a obra era mais uma atração dentro de
uma intensa programação noturna. O mais interessante foi observar os diversos tipos de
relações entre obra e público, a partir da configuração do espaço: tratava-se
de um local de festa, de shows, no qual os comportamentos de muitas pessoas
estavam influenciados pelos efeitos do álcool. Sendo assim, várias pessoas não
se contentavam em somente abraçar a estrutura. Observamos, por exemplo, abraços
coletivos de grupos de amigos que pulavam em volta da estrutura. Outros se
agarravam na estrutura como se esta fosse um “pole dance”. Também foram
observados comportamentos mais agressivos, como socos e chutes. Ou seja, as
características do espaço, a forma como este lugar foi praticado, levou a
inúmeras relações entre obra e público. No segundo dia do evento, a obra
inclusive foi danificada, os sensores se partiram e decidimos transformar o
espaço da obra em uma espécie de funeral. Na entrada da instalação, um fita de
isolamento impedia a entrada e um cartaz indicava o motivo “Obra morta por
excesso de afeto”.
segunda-feira, 12 de maio de 2014
O que pode um corpo? Instalações interativas e experiências possíveis no cenário contemporâneo – Revista Eletrônica E-Compós (Brasília) – 2010
A partir de questões sobre o corpo, a imagem e as tecnologias digitais, juntamente com uma análise de instalações interativas que apresentam como característica principal a transformação do espectador em uma espécie de espectador performer,foi identificado um contexto marcado por relações significativas dentro do âmbito artístico que privilegiam situações experimentais e novos sistemas de imagens que projetam o corpo do espectador enquanto imagem da obra. Este trabalho realiza então uma espécie de atualização de relações feitas por Deleuze em seus estudos sobre o cinema, privilegiando as instalações interativas contemporâneas como continuidades de processos cinematográficos. Percebeu-se que o corpo não só experimenta, mas também provoca alterações, a partir da maneira como o espectador se insere em sistemas de dispositivos, principalmente através das atividades criativas possibilitadas nestes sistemas.
domingo, 11 de maio de 2014
Sonoridades Telemáticas - 2011
Sonoridades Telemáticas (2011), um desdobramento do projeto Skilled Art (http://www.skilledart.eu) que busca estimular a formação de redes de criações, improvisações e colaborações entre artistas e espectadores, tanto na esfera da produção quanto na esfera da recepção, através da música, da tecnologia e da performance.
Sonoridades Telemáticas - 2011 from Fernanda Gomes on Vimeo.
Neste projeto, o público é
convidado a fazer parte de um grupo musical experimental híbrido, resultado da
mistura da presença corpórea com a presença virtual. O primeiro experimento foi
realizado no Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de
Aveiro/Portugal. Dois espaços receberam o sistema dispositivo do projeto: um
estúdio com fundo Chroma Key e o hall de entrada do departamento. Três músicos
estavam posicionados no estúdio e podiam observar a movimentação no hall de
entrada através da tela de um computador.
No hall de entrada, a imagem dos músicos era projetada em tamanho natural ao lado de um microfone e de um convite: “Procuram-se vocalistas”. Em frente ao microfone, uma pasta contendo textos técnicos indicava que bulas de remédio, receitas, manuais de instruções, manuais de montagem e indicações de trajetos, deveriam ser cantados como se fossem letras de músicas.
Em outra tela era projetada
uma fusão da imagem dos músicos com a imagem do espectador performer ao microfone, apresentando efeitos de
videoclipe. Assim, cada participante poderia descobrir-se como parte ativa de
uma experiência estética, a partir do objetivo de formar uma jam session a cada participação, protagonizada pelos músicos e pelos espectadores performers
Após a observação das relações que ocorreram com o experimento, tanto da parte do público que assistiu, quanto da parte das pessoas que se dispuseram a participar mais ativamente ao microfone, assim como da equipe envolvida em sua produção, foi possível chegar a algumas conclusões:
É realmente notável como a cultura exerce influência nos comportamentos em sociedade. Tendo em vista que a experiência aconteceu em Portugal, podemos perceber que seus participantes apresentam um nível de reserva e comedimento maior do que os participantes das experiências realizadas no Brasil. A preocupação com o olhar e a opinião do outro também parece ser maior entre os portugueses. Aqueles que se aventuraram a cantar ao microfone solicitavam de maneira bastante incisiva a aprovação daqueles que os assistiam. Cada gesto de cada espectador performer parecia ser controlado e a atmosfera apresentava uma característica mais intimidadora do que provocadora. Mesmo assim, alguns participantes foram bem sucedidos em suas improvisações ao microfone, principalmente a partir do estímulo dos músicos e de suas imagens projetadas em simultâneo. Ou seja, o sistema dispositivo preparado para a experiência conseguiu efetivamente provocar a interação dos espectadores performers, enquanto a presença dos outros espectadores gerou um efeito de constrangimento.
De maneira geral, as pessoas entendem a importância desse tipo de prática experimental em um ambiente acadêmico, principalmente levando-se em conta a utilização das novas tecnologias nas produções artísticas, comunicacionais e educacionais. Porém, mesmo havendo um reconhecimento da existência de novas ferramentas e configurações dentro das práticas contemporâneas através da utilização da tecnologia, foi possível verificar que ainda há pouca familiaridade com os novos usos e as potencialidades destes dispositivos. Sendo assim, torna-se necessária uma continuidade desse tipo de experimento, justamente para deixar a consciência da existência dessas tendências no mesmo nível de uma inserção efetiva. Ou seja, é preciso nivelar o conhecimento com a prática.
Dentro dos processos cognitivos é extremamente necessário experimentar novas relações e trocas entre sons, imagens, corpos e espaços, principalmente em ambientes educacionais, que estão preparando os indivíduos para um cenário em que a velocidade das transformações está cada vez maior.
O mundo contemporâneo exige cada vez mais que os indivíduos se tornem singulares, que façam suas próprias escolhas, que administrem suas próprias vidas. Porém, a liberdade exige certos parâmetros para se configurar. Por isso identificamos a necessidade de criação de sistemas dispositivos que permitam que os indivíduos façam as suas escolhas, deixem suas marcas e entrem em redes de criação e improvisação. Parâmetros e diretrizes existem não mais para controlar, mas para estimular. Sistemas dispositivos como o criado para o experimento Sonoridades Telemáticas, são planejados dentro de uma tendência contemporânea de diluição de padrões, regras e especificidades.
quinta-feira, 8 de maio de 2014
quarta-feira, 7 de maio de 2014
LPM – Live Performers Meeting – 26 a 28 de junho de 2014
Born in 2004, with the aim to answer to the need for creating a space-temporal referential field where to meet, know each other and share vjing related experiences, LPM is now an international meeting dedicated to artists, professionals and passionates of veejaying, visual and live video performance.
The event features a full programme of live video performances open to the public, applied in combination with the most varied forms of artistic expression, and a number of initiatives particularly for guests of the meeting.
The “On” area allows the audience to attend the different applications in live video through the performances of artists and groups from the international scene, joined by a single great passion for video, performance and above all “Live”. From midnight onwards beginning the VJclash, in which video artists perform free from video consolle made available, with many projectors and monitors.
The “Off” area, aimed at the Meeting, is an occasion of confrontation between vj and video artists working in the themes of Live Video Performance and is conceived as a separate area, frequented mainly by “insiders” with a program that alternates spaces meeting, workshops and showcase projects and products.
LPM is a space open to freedom of expression, research and experimentation; the programme flexibility, the openness to new members and contributions, the freedom to participate and the opportunity to perform during the event, are an intrinsic characteristic.
LPM consider the experimentation a cornerstone of its ideology, and all the recovered funds are therefore allocated to finding the most desirable and innovative technologies to support the event and the research in the live visual field.
Site LPM
Site LPM
Seminário Nacional de Pesquisa em Arte e Cultura Visual – 4 a 6 de junho de 2014
O Seminário Nacional de Pesquisa em Arte e Cultura Visual reúne
anualmente pesquisadores das áreas de Artes e afins, do Centro-Oeste e
de outras regiões do país e da América do Sul, para refletirem sobre
questões relacionadas às 3 linhas de pesquisa do Programa de
Pós-graduação em Arte e Cultura Visual: Imagem, Cultura e Produção de
Sentido; Poéticas Visuais e Processos de Criação; Culturas da Imagem e
Processos de Mediação.
O VII Seminário tem como proposta a temática [Com]textos. Este tema pretende abordar entrelaçamentos de diferentes possibilidades de se fazer e pensar arte, arte educação, design, arquitetura e cultura visual.
http://www.fav.ufg.br/seminariodeculturavisual/wordpress/
O VII Seminário tem como proposta a temática [Com]textos. Este tema pretende abordar entrelaçamentos de diferentes possibilidades de se fazer e pensar arte, arte educação, design, arquitetura e cultura visual.
http://www.fav.ufg.br/seminariodeculturavisual/wordpress/
segunda-feira, 5 de maio de 2014
Horizontes Invisíveis - Praça da Bandeira - 2010
Horizontes Invisíveis é um projeto dos artistas Cesar Baio, Fernanda Gomes e Walmeri Ribeiro desenvolvido em três etapas. O ponto de partida é um processo de imersão no cotidiano da cidade que recebe o projeto, visando o reconhecimento do espaço urbano e uma cartografia das dinâmicas culturais, das apropriações, das mediações e das tensões que o atravessam. Esta interpretação sensível da cidade é o repertório inicial para a criação de intervenções no espaço público. Na segunda etapa do projeto a interação entre artistas, atores sociais, passantes, contextos e práticas cotidianas é o principal instrumento expressivo para a criação de momentos imaginativos, lúdicos, fabulatórios, líricos que visam a ressignificação de espaços. Na terceira etapa estes efêmeros horizontes invisíveis são deslocados para a galeria através de instalações interativas. Apoiadas em interfaces experimentais, as instalações são criadas com o intuito de produzir agenciamentos capazes de conferir ao público da galeria um papel semelhante àquele assumido pelos artistas durante a intervenção.
Horizontes Invisíveis|Praça da Bandeira - 2010 from Fernanda Gomes on Vimeo.
Como um projeto de site-specific
art, “Horizontes Invisíveis” surge a partir de um processo de
imersão na cidade, que busca sobretudo estabelecer trocas entre o trabalho artístico, os
lugares e as mediações que fazem com que seus significados sejam definidos.
Desta primeira etapa do projeto resultam as intervenções, nas quais são estabelecidas relações entre os artistas envolvidos, o
público participante, os contextos e as práticas cotidianas. Procuramos assim
estimular séries de releituras, apropriações e rememorações de pequenos espaços
que constituem uma cidade, através de cruzamentos entre o registro do
cotidiano, a provocação de uma dinâmica social, atravessamentos, deslocamentos
e re-significações do espaço urbano. Na
troca entre os artistas e a cidade, estes efêmeros momentos lúdicos,
fabulatórios e líricos acabam por revelar tensões encobertas pela apreensão
banal do cotidiano.
Buscando justamente dar uma forma à passagem da percepção
banal do cotidiano às realidades invisíveis a partir de imagens e experiências
produzidas pelas intervenções, são criadas as instalações interativas. O
desafio que os artistas se propõem é o de criar obras em espaços artísticos de
forma a posicionar o público em um lugar semelhante àquele que foi transformado
no momento da intervenção no espaço público. Assim, estas interfaces objetivam
criar um tipo específico de interação com as imagens, um agenciamento entre a
presença e a documentação que seja capaz de engajar efetivamente o público da
galeria como cúmplice do gesto artístico.
Com a experimentação de dispositivos técnicos e interfaces
de interação em relação com comportamentos urbanos, esta proposta torna
possível a formação de uma rede de experiências em espaços e tempos distintos:
o que se passou e o que está sendo atualizado durante a recepção da obra.
Espaços são re-significados, experiências são revividas e os participantes
podem experimentar outros tipos de relações com a obra, através dos
agenciamentos dos dispositivos e dos hibridismos entre linguagens e
suportes.
Nossa proposta é formar um mapa de criações, intervenções e experimentações
artísticas a partir das especificidades de espaços de cada cidade que recebe o
projeto. As primeiras ações aconteceram no Rio de Janeiro e em Fortaleza e
resultaram em intervenções, performances e instalações interativas que
provocaram reinvenções de relações entre espaços, objetos, pessoas e gestos.
A ação
“Praça da Bandeira” merece nossa especial atenção, tendo em vista o foco da
pesquisa. A proposta constitua em provocar primeiro a participação de
frequentadores de uma conhecida praça de Fortaleza, que apresenta vários
púlpitos de estátuas vazios. Convidávamos então as pessoas a fazerem poses e
preencherem por alguns segundos estes púlpitos com seus gestos e expressões. A
participação foi extremamente satisfatória e obtivemos diversas poses
divertidíssimas. Em um segundo momento, levamos uma instalação interativa para
o Espaço Alpendre, ou seja, um espaço preparado para receber ações artísticas.
Neste espaço, os espectadores também eram convidados a fazerem poses e terem
suas imagens projetadas. Porém, as relações que aconteceram no espaço público
se mostraram bem mais expressivas.
A recepção coletiva e suas transformações: Da participação afetiva em salas de cinema à participação efetiva em instalações interativas – Revista Eletrônica In Texto (UFRGS) – 2010
A partir de uma análise realizada por Walter Benjamin sobre a recepção coletiva que passa a ser determinada na Modernidade, principalmente com a consolidação do Cinema como produto da Indústria Cultural, este trabalho procura identificar as transformações que reposicionaram o espectador e que levaram à mudanças comportamentais nos espaços de recepção. Dessa forma, após uma apresentação da noção de participação afetiva, debatida por Edgar Morin, este estudo propõe uma atualização para a dinâmica comunicacional, que privilegia a interlocução entre participantes de propostas midiáticas e artísticas através, principalmente, do surgimento de novas formas de sociabilidade criadas por dispositivos técnicos. Em seguida, algumas instalações interativas são identificadas como recortes experimentais do cenário contemporâneo, dentro de uma cultura participativa. Torna-se possível então verificar o intuito de uma interação dinâmica performática, assim como a instauração de um clima de comentário, partilha e criação em espaços de recepção.
sexta-feira, 2 de maio de 2014
Rafael Lozano-Hemmer - Under Scan
Under Scan é um projeto de arte pública no qual diversos “ vídeo-retratos” registrados em cidades inglesas são projetados nos pisos das praças destas cidades. Em um primeiro momento, estes retratos não podem ser vistos, já que estão apagados pelo projetor mais potente do mundo. A partir do momento em que caminham nesta área coberta pelo sistema dispositivo, as pessoas descobrirão os retratos, que são projetados em suas sombras. As sequências de vídeo começam com as pessoas retratadas olhando para um lado. A partir do momento em que aparecem projetados nas sombras dos transeuntes, os retratos se movem e se voltam para eles. Devido à sua complexidade, o projeto teve apoio de um grande número de desenvolvedores. Porém, os dispositivos praticamente não são visíveis e a experiência se torna extremamente orgânica.
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